Parte 2
AS DESCOBERTAS ARQUEOLÓGICAS
Alguns teólogos tem considerado como poéticas estas colocações que o rei Davi fez a respeito da pessoa de Deus, tendo em vista, as palavras propostas por ele nos seus salmos sobre as manifestações da teofania entre o povo judeu.
Por outro lado, os teólogos e exegetas consideram a partir das narrativas do profeta Ezequiel a possibilidade de Deus ser transportado pela “Merkabah” o carro-trono, descrito como sendo as criaturas viventes da visão do profeta Ezequiel, no capítulo primeiro de seu livro.
É notório a todos nós que estudamos a Bíblia Sagrada e, em particular a matéria sobre “Angelologia”, que os símbolos dos animais (Querubins) já eram conhecidos pelos povos que se formaram na Acádia. A própria palavra Querubin (Kerube) está em conexão com o acádico Karibu ou Kuribu, originalmente uma divindade de grau inferior, no começo representada como Homem, mais tarde com asas e aparência de águia, leão ou touro, a qual fala em favor dos homens junto aos deuses superiores (Figs. 1 e 2).
Touro Alado (Kuribu) originário da Acadia
Figura 1
Touro Alado (Kuribu) originário da Acadia.
Descoberto na Túrquia (colina de Ninrode).
Pálacio do rei Assurnasirpal II (884-859 a.C)
Livro: Coleção Nosso Universo Maravilhoso.
Volume 1, página 47
Editora Brasil-LÊ S.A.
Descrição simbólica do Querubim bíblico.
Ez. Cap. 1 e 10.
Leão Alado (Carchemish - século XIV a.C), Hitita
Figura 2
Leão Alado (Carchemish - século XIV a.C), Hitita.
Livro: O segredo dos Hititas.
Editora Itatiaia Ltda.
Autor: C. W. Ceram.
Página 71
Descrição simbólica do Querubim bíblico.
Ez. Cap. 1 e 10.
Leão Alado (Turquia - Ninrode)
Figura 3
Leão Alado (Turquia - Ninrode)
Livro: O Novo Dicionário da B’blia em um volume.
Edição Vida Nova.
Autor: J. D. Douglas.
O Querubim bíblico.
“Querubins (Keruhbïm). Plural de “querube”. No Antigo Testamento são representados como seres simbólicos e celestiais. No livro de Gênesis tinham a incumbência de guardar o caminho para a árvore da vida, no jardim do Éden (Gn. 3:24). Em Ezequiel, capítulos um e dez, o trono-carruagem de Deus, que continuava sustentado por querubins, torna-se móvel. Alusões a esses seres celestiais ocorrem ocasionalmente no Antigo Testamento, especialmente nos livros poéticos, onde aparecem como representações simbólicas dos ventos tempestuosos do céu.
As descobertas arqueológicas na Palestina têm trazido à luz algumas antigas representações de querubins.
Em Samaria, certos painéis de marfim apresentam um figura composta com um rosto humano, corpo de animal quadrúpede, e duas asas elaboradas e conspícuas (fig. 3). A aparência do rosto sugere certo grau de influência hitita. Representações dessa espécie eram característica comum no animismo egípcio, enquanto que na Mesopotâmia leões e touros alados guardavam todos os edifícios de alguma importância (figs. 1, 2 e 3). Os heteus popularizaram os grifos, uma criatura altamente complicada, com corpo de leão, cabeça e asas de águia, e com aparência geral semelhante à de uma esfinge (fig. 4)”.1
Como podemos ver estes animais alados propostos por Ezequiel em sua descrição sobre o carro-trono de Jeová, já eram conhecidos e esculpidos entre as nações mais antigas que o judaísmo.
Qual seria o verdadeiro significado destes animais alados e simbólicos? - Qual seria a necessidade da Divindade ser carregada e transportada por estas criaturas viventes? - Porque o profeta Ezequiel usa dos mesmos expedientes das nações, usando os seus simbolismo? - Parece-me que todas as respostas para essas perguntas encontram-se na descrição das criaturas vivente do profeta Ezequiel. A visão do profeta Ezequiel, tida as margens do rio Quebar, deixa claro que a Divindade era transportada pelas criaturas viventes (Merkabah).
Uma coisa é certa, os querubins não são um ser espiritual; mas, sim o que tudo indica uma descrição de uma aeronave, exteriorizada de forma simbólica na escrita pictográfica, usando a figura simbólica dos animais para descrever as qualidades desta possível aeronave.
O homem dirige a criatura (carro-trono), por isso, ele é representado como sendo a cabeça do animal; o leão, significa que a criatura vence todos os obstáculos; o touro, significa que a criatura é possuidora de força; e a águia, porque a criatura pode voar em grandes altitudes. E a teofania é representada, como estando sentada no trono acima das criaturas, isto é, a mesma encontra-se na cúpula de comando (Ez. 1:26-28), na parte superior da mesma (figs. 4 e 5).
Sinete cilíndrico Assírio
Figura 4
Sinete cilíndrico Assírio.
Livro de Volta as Estrelas.
Edições Melhoramentos.
Autor: Erich Von Däniken.
Descrição simbólica do Querubim bíblico.
Ez. Cap. 1 e 10.
Relevo de Karatepe - representação da cosmologia Hurriano- Hitita. Representação simbólica das criaturas viventes do profeta Ezequiel
Figura 5
Relevo de Karatepe - representação da cosmologia Hurriano- Hitita. Representação simbólica das criaturas viventes do profeta Ezequiel.
Livro: O segredo dos Hititas.
Editora: Itatiaia Ltda.
Autor: C. W. Ceram
Descrição simbólica do Querubim bíblico.
Ez. Cap. 1 e 10.